O Reino Sagrado da Desinformação é a convergência de jornalismo de dados, de pesquisa aplicada e da produção teórica acadêmica. Uma publicação interdisciplinar que contou com jornalistas, cientistas de dados, cientistas sociais e designers, coordenada pela Gênero e Número.

Nesta plataforma, você encontra reportagens, visualizações interativas e imagens que contextualizam o Brasil de 2019 levando em consideração as conexões entre mídia, igreja e política nos últimos 30 anos no país, explicadas por pesquisadores de diferentes regiões do país e também por protagonistas dessa história complexa.

Recorremos ainda a publicações acadêmicas e livros relacionados aos temas de interesse para embasar as reportagens de fôlego que você encontra aqui. Todas elas podem ser reproduzidas em qualquer outro espaço, desde que citada a fonte.

Com o rigor da apuração jornalística, o levantamento e análise de dados, a formatação de bancos de dados que não existiam, construímos um projeto que narra, a partir de uma leitura regional e também macro do Brasil, como se formou o ecossistema político-religioso que criou condições para a propagação da “ideologia de gênero”. Não há “obra divina” no Governo Bolsonaro. Há estratégia, semântica e muita midiatização da política e religiosa.

Desinformação

A desinformação na estratégia política, afinal, o que é? É boato ou informação falsa que ganha o mundo em compartilhamentos a partir de um aparato midiático? Seria mais simples se fosse apenas isso. Mas é bem mais complexo. A sofisticação da desinformação está na rede de conexões construída por atores de diferentes campos, na disputa pelo sentido das palavras e ainda na capacidade de midiatizar o discurso. Vale para qualquer espectro político, do mais conservador ao mais progressista. Mas no Reino Sagrado da Desinformação, conectamos pesquisa, análises de redes, semântica e jornalismo de dados para narrar o contexto atual da política brasileira tendo ao centro a grande questão de gênero. O que leva parte do Brasil a acreditar que a suposta “ideologia de gênero” é a grande ameaça à família brasileira e ao currículo escolar? A Gênero e Número apresenta aqui parte do ecossistema que sustenta esse pânico moral, que é fenômeno da campanha e do governo Bolsonaro, mas não seria possível sem apoio neopentecostal e católico, sem uma frente ultraconservadora no Congresso Nacional e sem um ecossistema de mídia que dá vazão às narrativas da extrema-direita. Entenda e visualize, em textos, dados e imagens, como foi possível chegarmos ao Brasil de 2019.

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